Inverno mais quente e cenário econômico desafiam o varejo de vestuário

O comércio de vestuário, calçados e acessórios deve enfrentar um inverno desafiador em 2025. Segundo projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as vendas no período devem cair cerca de R$ 50 milhões em comparação ao ano passado. A principal causa é a previsão de temperaturas mais altas, até 2°C acima da média histórica, reduzindo a demanda por roupas típicas do frio.

O fenômeno El Niño e o aquecimento global têm contribuído para invernos mais amenos, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, o que impacta diretamente o comportamento do consumidor e as estratégias do varejo entre os meses de maio e agosto.

Além do clima, o cenário econômico também preocupa. Apesar da inflação no setor de vestuário estar abaixo da média geral, o crédito caro e o alto endividamento das famílias limitam o poder de compra. Segundo o IBGE, mais de 50% da renda das famílias já está comprometida, o que exige cautela nas decisões de consumo.

Como o lojista pode se preparar

Diante desse cenário, o Sindilojas Gravataí traz algumas dicas de estratégias de adaptação para os lojistas, como:

  • Reduzir estoques de inverno mais pesados, priorizando peças versáteis, leves e de meia-estação;
  • Reforçar ações promocionais e campanhas com foco no conforto e estilo, mais do que na proteção contra o frio;
  • Aproveitar datas sazonais e liquidações para girar o estoque e manter o fluxo de caixa saudável;
  • Investir em planejamento financeiro e controle de custos, dada a menor previsibilidade de demanda;
  • Observar o comportamento do consumidor local, ajustando as compras de acordo com as preferências da clientela da região.

Como destaca o economista da CNC, Fabio Bentes, “o setor varejista precisa se adaptar a uma realidade em que o frio já não é mais tão previsível ou intenso quanto antes”, o que exige flexibilidade e planejamento por parte dos empresários.

Confira a pesquisa completa da CNC aqui.

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