RS termina 2024 com menor taxa de desocupação desde 2014

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNAD Contínua) do IBGE, a taxa de desocupação no Rio Grande do Sul foi de 4,5% no quarto trimestre de 2024, registrando queda em relação ao trimestre anterior (5,1%) e ao mesmo período de 2023 (5,2%). Apenas Minas Gerais e Paraná também tiveram redução em ambas as comparações. Com esse resultado, o estado registrou a oitava menor taxa de desocupação do país, ficando atrás de Santa Catarina (2,7%) e Paraná (3,3%) na região Sul.

A média anual da taxa de desocupação do RS em 2024 foi de 5,2% (menor que os 5,4% de 2023), enquanto a informalidade permaneceu em 31,9%, a quinta menor do Brasil. O número é o menor desde 2014, onde a taxa de desocupação foi de 5,5%, número que chegou a bater os 9,4% em 2020 como taxa mais alta no período.

Apesar dos impactos da tragédia de maio sobre o mercado de trabalho gaúcho, os dados do último trimestre indicam uma recuperação consistente, com crescimento superior à média nacional. A expansão da massa salarial também impulsionou o comércio, fortalecendo o consumo das famílias e contribuindo para a retomada econômica do estado.

O rendimento médio real dos trabalhadores gaúchos foi de R$ 3.698, com crescimento de 3,7% em relação ao trimestre anterior e de 7,0% na comparação anual. A massa de rendimento real alcançou R$ 22,0 bilhões, aumento de 5,4% e 9,6%, respectivamente.

A taxa de participação na força de trabalho foi de 66,5%, sem variação estatística significativa em relação aos trimestres anteriores. O contingente de ocupados chegou a 6,1 milhões, com crescimento de 1,6% frente ao trimestre anterior e 2,2% na comparação anual. O número de desocupados caiu 9,6% em relação ao terceiro trimestre e 11,3% na comparação anual, enquanto a força de trabalho potencial – pessoas com capacidade para ingressar no mercado – recuou 17,1%. Destaque para a redução expressiva no número de desalentados, que caiu 25,9%.

O crescimento do trabalho autônomo e a formalização por meio do Microempreendedor Individual (MEI) podem ajudar a explicar a redução na desocupação, já que muitas pessoas têm buscado alternativas fora do emprego formal. Além disso, a taxa de desemprego mais baixa dificulta a busca dos empresários por mão de obra qualificada, o que pode representar um desafio para diversos setores da economia.

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