Pesquisa da Fecomércio-RS sobre a intenção de compra de consumidores gaúchos para o dia das Mães em 2021, divulgada nesta quinta-feira, dia 15, levantou as principais características das vendas que devem movimentar a data em mais um ano atípico. “A pesquisa mostra como o consumidor tende a se comportar. Entender esse comportamento e fazer as adaptações necessárias para se adequar sempre é importante, mas agora é ainda mais” afirma o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. A pesquisa foi realizada por telefone entre 11 e 23 de março nas cidades de Porto Alegre, Santa Maria, Caxias do Sul, Ijuí e Pelotas.
A primeira informação que denota o impacto da crise diz respeito ao total de entrevistados (804 pessoas) para se chegar à amostra de 385 indivíduos com intenção de comprar presente para a data. Ou seja, menos da metade de todos entrevistados (47,9%) tinham intenção de presentear na data. E entre esses que comprarão presentes e, portanto, formaram a amostra da pesquisa, as condições estão mais difíceis: renda menor e recebimento de auxílio emergencial por alguém da família em 2020 foram relatados por 57,1% e 47,0% dos consumidores, respectivamente.
Mesmo assim, com a motivação da data, uma parcela das famílias deve movimentar o Varejo, sobretudo nos segmentos dos itens mais procurados: Vestuário (28,6%), Perfumes e Cosméticos (18,7%) e Calçados (9,4%). O número médio de presentes será de 1,02 unidade, sendo que o valor dos presentes deve ficar em torno de R$ 131,09; média que equivale a R$ 123,94 no caso dos presentes individuais e que sobe para R$ 161,24 para os presentes compartilhados.
O gasto pessoal médio deve ser de R$ 156,23, com homens gastando mais em média (R$ 196,49) que as mulheres (R$ 110,39). Na comparação com o Dia das Mães do ano passado, a intenção de gastos em 2021, em média, deve ser semelhante às despesas na data em 2020. Entre os entrevistados, 81,1% relataram que pretendem comprar na semana que antecede o Dia das Mães, com destaque para os dias que antecedem a data. A pesquisa indica que os consumidores estão atentos aos preços – fator mais citado (45,2%) como determinante para as compras, seguido por atendimento (12,7%).
A pandemia tem mudado hábitos: 41,6% dos entrevistados alteraram o local de compra em função do coronavírus. As lojas do Centro das Cidades (52,2%) devem ser o local preferido para as compras seguidos pela Internet (18,4%) e Shoppings Centers (13,2%).
Este ano a pesquisa conta com um bloco especial com perguntas relacionadas a conjuntura que estamos vivenciando. A pesquisa verificou a reação dos consumidores caso se deparassem com o comércio não-essencial fechado às vésperas da data. A pesquisa mostrou que 7,0% deixariam de fazer a compra do presente e 15,1% postergariam, enquanto 46,0% comprariam presentes pela internet ou por tele-entrega e 31,9% comprariam nas alternativas abertas. “A pesquisa mostra que o comércio não-essencial fechado como ocorreu no ano passado tem dois importantes aspectos: existe perda de vendas, porque há pessoas que simplesmente deixam de comprar, e há transferência de consumo, quem fica aberto tem uma vantagem na escolha do consumidor de onde comprar”, completou o presidente da Fecomércio-RS. Em relação ao hábito de comprar on-line, a pesquisa identificou que aqueles consumidores que têm o hábito de comprar pelo meio digital (63,9% de todos entrevistados) o fazem sobretudo em lojas grandes (80,5%), com apenas 19,5% comprando online de pequenos comércios.
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