Vice-presidente da Fecomércio, José Rosa, acompanhou a reunião.
Empresas do setor de comércio e de serviços de todos os cantos do estado gaúcho estavam representadas na Diretoria da Fecomércio-RS que se reuniu nesta quarta-feira, dia 31. O encontro contou com as presenças do secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e do chefe de Gabinete do Governador, Marcelo Alves, que vieram falar sobre as mais recentes alterações do Plano de Distanciamento Controlado, bem como sobre as medidas mitigatórias de auxílio às empresas do setor terciário.
O presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, ao saudar os representantes do Governo lembrou as “extremas dificuldades” que as empresas vêm passando ao longo do último ano. O presidente elogiou o Governo Estadual em ter retomado a cogestão do Plano de Distanciamento Controlado, mas, reforçou que, com base na experiência empresarial adquirida, a restrição de abertura do comércio não tem o efeito esperado de diminuir a circulação de pessoas e, consequentemente, da Covid-19. Bohn explicou que o fechamento aos finais de semana acaba provocando maior concentração em um número menor de estabelecimentos e apelou ao secretário-chefe que interpele ao governador Eduardo Leite para que seja retirada a restrição de funcionamento de grande parte das empresas nesses dias. “Estamos às vésperas da Páscoa e não nos parece adequado deixar a demanda concentrada em menos estabelecimentos e em menos tempo de abertura”, disse.
As medidas compensatórias do fechamento também foram destacadas pelo presidente da Federação. Apesar do alívio já anunciado ao Simples Nacional, os vencimentos de ICMS das empresas do regime geral foram adiados em apenas 13 dias, prazo insuficiente frente aos prejuízos acumulados, segundo Bohn.
Secretário Artur Lemos explica tática do Governo para diminuir circulação do vírus
O secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, fez um apanhado das mudanças impostas pelo Distanciamento Social Controlado desde o último dia 23 de fevereiro, quando a cogestão entre Estado e Municípios foi retirada. Segundo ele, o vírus estava controlado no RS quando “fomos acometidos pela nova cepa da doença, que trouxe uma transmissão em alta velocidade”. Com os números de internações em UTIs disparando a cada dia, a única alternativa do Estado para conter a transmissão, segundo Lemos, era retirar a cogestão. Após três semanas de bandeira preta em todo território gaúcho, o Governo, então, decidiu afrouxar a restrição, mas, mantendo o fechamento do comércio não essencial nos finais de semana.
Cientes de que essas medidas afetam as empresas do setor terciário gaúcho, Lemos explicou que o único objetivo do Governo é fazer com que a população circule menos já que os leitos das UTIs no estado continuam com ocupação em mais de 100%, além do déficit de medicações e insumos. Amanhã, o Comitê de Crise montado pelo Governo (de onde o governador se baseia para tomar suas decisões) deve se reunir para decidir os próximos passos. “Estamos com 98% de ocupação dos leitos disponibilizados pelo SUS e 120% de leitos privados. Sabemos que no fim de semana é Páscoa, mas, se não dermos passos firmes nesse momento, podemos lá na frente enfrentar algo muito pior quando se aproximar o inverno”, afirmou o secretário.
Bohn voltou a enfatizar que a Federação não é contra os critérios estipulados para a determinação das bandeiras e nem contra os protocolos a serem seguidos. No entanto, ele reforçou que a entidade é a favor da abertura do comércio nos finais de semana para evitar aglomeração nos dias de semana. “Nós sempre procuramos contribuir com o Governo Estadual, pois é de nosso máximo interesse evitar o agravamento da pandemia já que nossa sobrevivência depende disso. Por isso, reforçamos nosso compromisso em estimular o cumprimento rígido de todos os protocolos de saúde nas empresas, que, como observado ao longo de 2020, limitam significativamente a transmissão do novo coronavírus”, finalizou Bohn.
Fonte: Ascom/Fecomércio RS