A imunização dos grupos mais suscetíveis e com maior risco deve diminuir a pressão do sistema de saúde.
Com o início da vacinação contra a COVID-19, a Assessoria Econômica da Fecomércio-RS avalia os impactos da imunização na retomada econômica, destacando o que se espera com o avanço da vacinação e sua importância para a continuidade da recuperação da atividade. A assessoria destaca que o anos de 2021 começou com um novo agravamento da pandemia, programas para manutenção do emprego e auxílio emergencial do governo encerrados, inflação pressionada e incerteza sobre os rumos das contas públicas, bem como do ritmo da retomada do mercado de trabalho. “A forma como a dinâmica da retomada vai continuar depende em grande medida do controle da crise sanitária e, portanto, de como evoluirá a vacinação no país, uma vez que esse é o fator que permitirá avançarmos de forma consistente no reestabelecimento das condições para que a economia possa ganhar força”, afirma o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
Conforme a análise, o impacto da vacinação sobre a atividade econômica não é imediato. Sua influência se dá à medida que permite uma maior circulação e aglomeração de pessoas. A imunização dos grupos mais suscetíveis e com maior risco deve diminuir a pressão do sistema de saúde, fator que deve permitir novas flexibilizações para o funcionamento da economia, contribuindo para a retomada gradual. O processo bem-sucedido e efetivo também tem efeito sobre a percepção de famílias e empresas quanto à perspectiva de resolução da pandemia, dando suporte à confiança para consumir e investir.
“A vacina vai ser a cura da economia”, diz presidente Luiz Carlos Bohn.
A continuidade da recuperação deverá ganhar força à medida que avança a cobertura da imunização da população adulta, com efeito sobre a percepção de segurança das pessoas para demandar serviços que dependem de maior contato pessoal e aglomeração de pessoas associados ao lazer, que envolve viagens, eventos, etc. O setor de Serviços ainda não retomou os níveis anteriores a COVID-19, conforme apontam os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (IBGE): serviços prestados às famílias ainda estavam, em novembro, 25,5% distantes do patamar pré-pandemia; transporte aéreo, por sua vez, se encontrava 38,5% abaixo do patamar de fevereiro de 2020.
Como é fato amplamente divulgado, o processo de imunização no país, recém iniciado, tem sido dependente de importações, tanto das vacinas, quanto de insumos. Por enquanto não há autonomia na produção das doses, o que condiciona o ritmo do programa de vacinação ao cronograma do recebimento das vacinas e insumos, bem como ao esforço para a contratação de número de doses suficientes para imunizar a população. Outro ponto relevante será a adesão da população ao processo de vacinação. A vacinação só é efetiva se tivermos um expressivo número de pessoas vacinadas.
Na avaliação da Assessoria Econômica da Fecomércio-RS, diante da reduzida cobertura vacinal que deveremos ter no curto prazo, a manutenção de medidas de distanciamento social deverá prevalecer, o que, num ambiente econômico sem a presença de mecanismos de sustentação do consumo e da atividade econômica, deverá repercutir num ritmo mais lento de recuperação da economia no primeiro semestre do ano. A Assessoria Econômica também destaca a presença de relevantes incertezas relacionadas às novas variantes do vírus identificadas no que diz respeito à intensidade da circulação em território nacional, sua capacidade de transmissão e letalidade, bem como em relação à eficácia das vacinas aprovadas sobre essas variações do vírus. “Diante desse cenário, se torna ainda mais relevante a maior cobertura vacinal possível de forma a conter a proliferação de novas cepas dos vírus. Precisamos continuar combatendo, com responsabilidade, e todos juntos – empresas, famílias e governo – os efeitos dessa crise. A vacina vai ser a cura da economia”, finalizou o presidente Luiz Carlos Bohn.
Fonte: Ascom – Sistema Fecomércio RS