“Aprender é Mudar”: um brinde à Escola do Varejo

Com casa cheia, a Escola do Varejo do Sindilojas encerrou o ano letivo na noite desta terça-feira, 6. Cerca de 200 pessoas assistiram à palestra “Aprender é Mudar – Educação, Gestão e Desafios para 2017, ministrada pelo diretor regional do Senac-RS, José Paulo da Rosa. Na abertura do evento, o presidente do Sindilojas, José Rosa, e o gerente executivo Rodrigo Silva, destacaram as oportunidades de qualificação oferecidas pela entidade através da Escola do Varejo e seus parceiros, entre eles o Senac.

 

Boa notícia

Durante 90 minutos José Paulo falou sobre como todos podem superar as dificuldades vividas pelo País atualmente, fruto da mais longa recessão desde que começaram a ser apurados os dados econômicos trimestrais, em 1991. Com base nos dados apresentados pelo consultor econômico da Fecomércio-RS, Marcelo Portugal, no início da semana, o palestrante mostrou que 2017 pode ser um ano um pouco melhor do que 2016, quando o crescimento do PIB foi negativo pelo segundo ano consecutivo.

“A boa notícia de 2016 é que acabou a inércia e a inépcia política. A PEC do Teto sinaliza que evitaremos o abismo fiscal. Depois de dois anos ruins, 2017 representa um alívio”.

 

Educação ajuda a mudar

José Paulo entende ainda que esta melhora depende das reformas em curso no Congresso. “Temos a vantagem de sermos um país que fala a mesma língua de norte a sul. Então como chegamos aqui? Não foi por acidente. Precisamos acreditar que é possível mudar isso”, recomendou.

O palestrante frisou que a educação tem um papel preponderante nas mudanças que o País precisa. Citou os últimos dados do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (PISA) da OCDE, que testou os conhecimentos de jovens de 15 anos, de 70 países, nas disciplinas de Matemática, Ciências e Leitura. Os brasileiros ficaram na 63ª posição, longe dos cinco primeiros – Cingapura, Japão, Estônia, Taipei Chinesa e Finlândia. Os dados, recém-divulgados, são de 2015 e representam uma queda em relação a 2012, quando o levantamento classificou o Brasil na 57ª posição.

 

Brasil X Coreia

Segundo José Paulo, nos anos 50 a média de tempo de estudos dos brasileiros era de três anos, o mesmo da Coreia do Sul. “Hoje aqui a média é sete e lá 15. Eles investiram 10% em educação. Hoje PIB deles é de 30 mil dólares. O nosso é 10 mil. Investir educação se reflete na economia”, defende o palestrante. Ele destacou que os coreanos priorizaram a educação básica.

“Na Coreia do Sul, é nas escolas de educação básica que os professores melhor qualificados são mais bem pagos. Todas as escolas são integrais. A carga tributária deles é de 26%, mas a diferença é que lá os recursos são aplicados em favor da sociedade. Mais educação e mais tecnologia aumentam a produtividade. Estas são as soluções. A aplicação delas precisa de gestão”, reforça José Paulo.

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