Com o apoio da Rede Rua da Prefeitura de Gravataí, Sindilojas/Sindimulher e demais parceiros voluntários, promoveram, nesta segunda-feira (04-04), um dia inteiro de atividades que beneficiaram em torno de 15 mulheres que vivem em vulnerabilidade social. Criadora e mentora do Projeto Florescer, Mara Pacheco salientou que a iniciativa surgiu em parceria de voluntários junto com os serviços da Rede Rua. “A ideia é construir ações que possibilitem a essas mulheres um novo olhar para si, resgatando nelas hábitos de autocuidado e a valorização pessoal, incentivando ao mercado de trabalho.
A programação contou, na parte da manhã, com palestra sobre Empoderamento Feminino, Relato da 1ª Dama, Marlene Zaffalon, apresentação pessoal em grupo, práticas Integrativas em Saúde, atividades sobre os serviços da Rede Rua e almoço.
De acordo com o coordenador da Rede Rua/Casa do Bem, Jurandir Cunha, as mulheres que se encontram em situação de rua, além da perda dos vínculos familiares e socioafetivos que este processo de exclusão e vulnerabilidade causa, vão perdendo aos poucos a sua identidade pessoal. “Deixando de lado, hábitos saudáveis de autocuidado, de higiene e de valorização pessoal”, explicou.
No período da tarde, foi a vez de colocar em prática, o Projeto Embelezando Vidas, também criado pela mentora Mara Pacheco, com apoio de profissionais da beleza, as mulheres receberam cuidados, como manicure, make, novos looks, penteados, entre outros. Empresárias voluntárias da Comissão Sindimulher doaram roupas e acessórios para oferecer a essas mulheres um espaço gratuito de roupas.
Tantas Valerias, Samantas, Marias e assim por diante, sofreram ou sofrem com as mais diversas histórias de vida. Algumas dessas mulheres já com mais de 28 anos de rua. Outras tantas, que precisam, ainda, ser resgatadas e acolhidas. Para a coordenadora do Projeto, Mara Pacheco, o que elas mais precisam é atenção, cuidado e amor. “Foi uma união entre o Sindilojas/Sindimulher, Rede Rua e profissionais voluntárias da beleza que, também fizeram a diferença na vida destas pessoas”, salientou.
Ao final do evento, as mulheres abrigadas na Casa do Bem e assistidas pela Rede Rua, participaram de sessão de fotografias, brindaram e agradeceram o momento especial dedicado a elas.
Por que “Florescer”?
O projeto Florescer surgiu em parceria de voluntários junto com os serviços da rede rua, visando construir ações que possibilitem a essas mulheres um novo olhar para si, resgatando nelas hábitos de autocuidado e a valorização pessoal.
Foi escolhido simbolicamente a palavra “Florescer” que faz referência a capacidade das plantas em superar as adversidades climáticas e, por fim, produzir suas flores. Onde, segundo está nos dicionários: “florescer significa fazer brotar flores; cobrir de flores; tornar-se notável, estar próspero”.
A Rede Rua é formada pelos serviços municipais: Abordagem Social, Centro Pop, Casa do Bem, Abrigo Adultos, Caps Ad, Caps II, UBS Centro, PAM 24h e UPA 24h. Estes serviços prestam atendimentos as pessoas em situação de rua, trabalhando em rede para que seja possível a construção de alternativas para a saída das ruas.
O presidente José Rosa também agradeceu a oportunidade de poder apoiar e acolher essas moças, por meio do Sindimulher e demais parceiros envolvidos. “Foi uma nobre causa que nos enche de alegria e honra em ver a mudança em cada semblante e acompanhar esta transformação que o Projeto Florescer proporcionou. E como é bom fazer o bem e fazer parte desta ação”, enfatizou.